top of page

A romantização da maternidad

  • Nina
  • 8 de mai. de 2021
  • 3 min de leitura

Nós falamos muito sobre gravidez né? Mas você já pensou no reflexo que isso pode ter a longo prazo na vida da mulher?

Hoje iremos falar sobre um tabu, que assim como todos os que cercam o universo feminino vem dando o que falar no nosso meio, a Romantização da Gravidez.

Você já viu alguma propaganda de fralda com uma mamãe super cansada, indisposta e depressiva? Ou vê sempre o comercial de produtos pra bebês em que a mamãe sempre está numa posição de extrema felicidade, carinho e amor materno por seu bebê.

Mas saiba que na vida real minha amiga, tudo isso é só fruto do capitalismo desenfreado, onde eles querem que você acredite que ser mãe é a coisa mais linda e perfeita do mundo.

O que ninguém conta é que após o nascimento do bebê você pode passar por uma depressão pós parto, que por se tratar de uma nova experiência seu corpo biologicamente terá mudado, que você terá que amamentar, dormirá pouco a noite e que provavelmente irá surtar com todas as cobranças que a maternidade possa lhe trazer.

Afinal de contas, todas nós temos oportunidades iguais durante esse processo certo?

ERRADO.

Muitas pessoas romantizam muito o fato de ser mãe, ao meu ver parece que não se recordam do quanto é difícil gerir e gerar um filho, ficar se preocupando se o bebê dorme a noite, as vezes medos complexos sobre o bebê estar respirando, se ele está confortável, e pasmem até ter medo de dar o primeiro banho em seu bebê.

Mas é que te ensinam muito a segurar uma boneca, a dar “mamar” a ela, a dar banho, a colocar para dormir, mas um bebê não é uma boneca.

Um filho é uma responsabilidade e uma obrigação el ninguém te ensina que para todo o resto da sua existência e da dele, vocês terão um elo inquebrável e que possivelmente essa criança, um futuro ser humano também terá e verá em você uma referência.

Você já pensou com cuidado no quanto muitas mulheres não pensam nisso e saem simplesmente tendo filhos todos os anos como se isso fosse tão normal, longe de mim criticar quem tem muitos filhos e quem quer formar uma grande família, afinal minha avó materna teve 11 filhos, a paterna teve 7 filhos, criados com muita dificuldade, dificuldade esta que as tornou mulheres fortes.

Numa época que nem cesariana existia, minha avó materna deu a luz a 11 crianças, uma atrás da outra, você já pensou no quanto isso pode ser também prejudicial a saúde da mulher?

Sei que amamos muito nossos filhos, mas para algumas mulheres, amar ser mãe talvez não seja o suficiente.

Saber ser mãe é um desafio de paciência constante, ninguém te conta que as necessidades de um bebê estarão acima das suas até ele fazer cerca de 3 anos e quando ele faz 3 anos as prioridades de cuidar e gerir a educação dele serão suas também.

Que quando ele cair, você vai querer chorar as vezes, que ele irá te sobrecarregar o máximo que ele puder porque você é a mãe dele. Não há ninguém que um filho ame mais do que a figura materna na vida dele, não há ninguém que possa dizer o contrário, ao menos não conheço nenhuma mãe — até os dias de hoje — que tenha dito.

Com isso concluo aqui minha reflexão sobre amarmos muito nossos filhos, mas você concorda né, que apesar de ser constante o sentimento de amor, não deixa de ser uma função eterna e sem remuneração, as vezes, até mesmo sem agradecimento.

Pense um pouco mais sobre isso antes de assumir essa responsabilidade, pense mais sobre o amor que tem em si própria para poder amar alguém o suficiente para colocar no mundo.

ree

By Manuh &@diariodealcova

 
 
 

Comments


Post: Blog2_Post

©2020 por Diário de Alcova. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page