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Nina e o espelho- reflexões sobre auto estima

  • Nina
  • 19 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Falar sobre auto estima feminina ao mesmo tempo que pode ser simples ( se eu enxergar a mulher que sou agora), pode ser também doloroso se no espelho eu olhar o reflexo da minha criança.

A minha criança foi criticada e rejeitada, foi rechassada e cobrada, foi xingada e amendrontada.

Me falaram: negra,suja, feia, caminho de rato, girafa, Mônica, bunda de tanajura e inúmeros adjetivos que hoje aceito, acolho e agradeço, mas teve um momento que tudo isso me doia, me machucava,tanto ... e eu me culpava. Por mais que me esforçasse para ser uma boa aluna e uma pessoa de bem eu sentia que nunca me encaixaria nos padrões de beleza que a sociedade ditava, não dava para ser branca, ter o cabelo liso, ser mais baixa e menos bunduda... simplesmente só dava para ser eu... e foi assim que essa nova EU nasceu...

O processo de me amar não foi simples, demorou o suficiente para eu entender que foram ciclos: um dia amei meu cabelo, fui lá e fiz as pazes com minha ancestralidade, e entendi que foram ELES que me ensinaram a odiar a minha negritude. Um dia amei minhas curvas e fiz as pazes com a mulher voluptuosa que habitava em meu corpo, ainda busco a resposta do por que ELES tentam matar minha feminilidade. Um dia amei minha altura e fiz as pazes com a imensidão que havia em mim, sério, não dava para EU ser um modelo compacto não!!!! ELES que lutem para me alcançar...

Eu me amei e ainda me amo com todas as imperfeições e minhas cicatrizes, entendo que todos os rotulos sociais não cabem em mim, e não aceito nenhum deles.

EU me amo inteira e não pelo que sou por fora, eu amo o espirito que veste esse corpo, é ele que faz o resto todo brilhar, é ele que dá sentido a palavra bonita para mim.

Falar que sou bonita por fora é fácil, eu te desafio a te conhecer como sou por dentro.

Nina

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