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  • Nina
  • 10 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Faz algum tempo que o movimento feminista coloca em pauta assuntos como a industria porno, fetiches e fetichistas, as casas de dominadores e como esses seguimentos hostilizam o corpo e o ser feminino mas, independente dos debates o consenso é que o ponto principal sempre gira em torno da figura masculina e como o homem vê a mulher.

A partir do momento em que A MULHER começa a ocupar esses "espaços" a figura feminina é vista apenas como O PRODUTO, onde o ponto de vista feminino não é valorizado para que a mulher alcance ascensão e sucesso, seja ele interno ou externo.

Ao diminuir um pouco a escala desse mercado, devemos pensar que desde o inicio da pandemia a venda de packs tem ganhado mais visibilidade na sociedade. Sites como Suicide girls e Anonimata tem ganhado cada vez mais prestigio com as modelos brasileiras pelo fato da alta do dolar e sua extensão de clientes "gringos" e, sendo assim não podemos negar que se faz muito sucesso é porque ou esta dando muito certo ou muito errado (eu como camgirl e modelo ate o momento não passei fome vendendo packs). Durante a infância escutei bastante a frase "tem que sofrer para ficar bonita" e me questiono Bonita pra que? Pra quem? Além de ter a obrigação de estar dentro dos padrões estéticos, ser intelectualmente interessante, dotada de dons caseiros... Ok, tudo isso pode ser utilizado no cotidiano mas e a beleza? Porque não comercializa-la já que eu comercializo meu intelecto para a empresa na qual trabalho por um salário que não paga nem metade das minhas contas? A venda de nudes não é tão simples pois não se trata apenas de tirar uma foto e vender por 5 ou 500 reais, nos bastidores existe também um grande estudo, gastos com fotografos, locações, inumeras modelos que são fotografadas, com tempo de dedicação na area de fotografia e marketing, sem contar o preço de equipamentos profissionais (computador, tripé, iluminação). A realidade é que as pessoas banalizam qualquer coisa feita por mulheres que estão na posição de protaginista, que estão em ascenção ou bem sucedidas e não se trata de uma preguiça de sair de casa e se expor ao virus para ter um trabalho clt, se trata de uma crise no mercado de trabalho que perdura a muito tempo onde mulheres ganham menos seja dinheiro, oportunidades ou ate mesmo reconhecimento e prestígio.



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Adhara



 
 
 

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