A sexualização da mulher Negra.
- Nina
- 25 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
A mulher negra tem história, e a história dela é forjada em sangue, suor e lágrimas. Enquanto alimentava em seus seios os filhos dos senhores brancos, era violentada pelos patrões. A mulher negra podia ser escrava da lida, de ganho, da família, mas era escrava. Enquanto lhe diziam que era parte da família, era humilhada e maltratada, enquanto cuidava da vida e da casa de sua sinhá, não lhe era possível cuidar da sua própria família.
Parece distante essa realidade, mas a abolição ocorreu a apenas 132 anos, é um passado nem tão passado assim, com projeções que ocorrem até nos dias de hoje.
A sexualidade do corpo da mulata, que ainda serve de deleite para os patrões, ainda é resquício da perniciosa escravidão que maculou a história de nosso país.
A dificuldade em ascender a profissões consideradas “nobres” também lhe foram dificultadas, tendo que enfrentar dois grandes obstáculos, o primeiro de ser mulher e o segundo de ser negra.
A solidão da mulher negra deixada de lado pelos próprios negros quando ascendem a uma alta posição social e financeira e querem uma branca ao lado, também é um quadro frequente em nossa sociedade.
Enquanto as mulheres negras e pardas são as maiorias dos brasileiros, das chefes de família, fazem parte de uma das classes mais vulneráveis, podemos dizer que fazem parte de uma maioria esquecida e sem voz.
São os filhos e filhas das mulheres negras que são criados marginalizados e esquecidos pelas políticas públicas, são essas que não veem suas vozes ecoando e nem sendo representadas.
Não esquecer nossa história, não quer dizer que deixaremos essa lacuna aberta. Quer dizer que sabemos que mesmo após todas essas lutas chegamos até aqui e não desistiremos de continuar.
A luta da mulher negra é a luta do brasileiro que nunca desistiu de sonhar, que sabe sua história e não tem medo de construir um futuro.
By Milla
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