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Estupro Conjugal. Quando o "amor" machuca e dói.

  • Nina
  • 28 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 24 de jul.

Juro que ainda não entendo o que motiva tantas dúvidas sobre o assunto, mas... muitas mulheres vieram me perguntar sobre isso quando falei sobre o tema na matéria de abuso e violência sexual.

Não é não, e ponto.Pra simplificar, o que vocês têm que gravar é isso. De forma didática, listo alguns exemplos:


Se eu não estou afim e meu parceiro quer, ele insiste, me beija, fica tentando me provocar, e eu não quero, mas ele força para que o sexo aconteça. Foi estupro, sim. Não adianta as mil e umas malucas falarem que isso é “casamento”... TENTA SENTAR NO PAU DELE quando ele não quer de jeito nenhum — o troço nem vai funcionar. Por que você tem que fazer sem querer? Pra se sentir usada, sentir nojo depois, se machucar? ASSIM NÃO É AMOR E NÃO É SEXO BOM.


Se eu não estou afim e meu parceiro quer, ele insiste, me beija e eu cedo porque o beijo dele é muito bom, eu me molho, fico excitada, minha dor de cabeça passa, e aí A GENTE FAZ AMOR.Viram a diferença? Eles fizeram amor, ou transaram, ou sei lá o nome que vocês queiram dar...


Se eu não estou afim porque meu parceiro aprontou e agora ele quer, ele insiste e eu estou morrendo de raiva dele... Aí ele me chantageia porque já me deu flores, pediu desculpas e diz que se a gente não transar “não vai ficar tudo bem”.NÃO É AMOR. Vocês precisam é de terapia.


Se eu não estou afim porque estou de resguardo de uma gravidez ou doença, e meu marido insiste em fazer sexo — “Pode ser só oral, querida, pra dar aquela aliviada”, ou “Bate uma pra mim” — NÃO É AMOR. Ele é um escroto.(Se você quiser e estiver

com tesão, aí está tudo certo). O lance é: os dois quererem. Você quis, Amanda?


Se meu marido quiser fazer amor e eu estiver dormindo, e ele começar a me chupar e eu gostar, porque é uma fantasia do casal — Agora, se eu detesto que ele faça isso — É ESTUPRO. E NÃO É AMOR.

Poderia ficar aqui citando os trezentos e vinte e sete casos que já ouvi (kkk número hipotético).


Muita gente ainda não vai entender porque teve uma criação machista, que colocou o contrário disso tudo nas pobres cabeças.

Mas aviso: é crime.A lei define que o estupro marital ou conjugal só difere do crime de estupro “comum” pelo grau de intimidade com quem o comete. Portanto, além das penalidades cabíveis, incide o Art. 226. A pena é aumentada:

I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas;

II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou, por qualquer outro título, tem autoridade sobre ela.


Sexo é feito entre duas ou “mais” pessoas conscientes e com interesse (aqui incluo os financeiros, sim) em participar de uma conjunção carnal. Tem que querer — todo mundo. Tem que ser maior de idade, viu galerinha? Senão temos outros problemas e crimes aí.


Acho que ficou claro. Senão ficou, tenta visualizar o exercício lá em cima: A mulher

está com tesão, e o parceiro sem nenhuma vontade — seja porque está estressado, doente, bêbado. Ela tenta seduzi-lo, mas o “Gervásio” não sobe de jeito nenhum... Qual a solução? Falei aqui ELE NÃO QUERRRRR nem vai subir, não tem viagra ou boquete que dê jeito...


Então, NÃO é NÃO — até na alcova sacramentada e abençoada. Entendeu, mores?

P.S.: AH, E EU GOSTARIA QUE ALGUÉM TIVESSE FALADO ISSO PRA MINHA AVÓ.Quem sabe assim ela teria lembranças melhores sobre o ato sexual — além do meu avô subir nela e “fazer o que tinha que fazer”...


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