Violência moral. A 10/10.

Segundo o Instituto Maria da Penha Violência Moral é “qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria”. O site descreve algumas situações possíveis e que infelizmente normalizamos devido a séculos de submissão.

Que tal um jogo??? Marque 10 pontos se você já foi:

1- Acusada de traição. Quem nunca passou por essa né?? Ouvi no meu primeiro casamento, quando falei que queria a separação. Na cabeça de homem só isso justifica você querer ir embora da vida, não as mil e umas situações apontadas por você. Ah! Traição houve da parte dele.

2- Recebeu críticas mentirosas. Seu companheiro (a) inventou coisas que não condizem com a realidade no sentido de denegrir sua pessoa... Todo mundo nessa também??

3- Rebaixada por xingamentos. “Burra”, “inútil”, “porca”, “idiota” em alguns relacionamentos essa troca de “carinho” é diária. Essa graças a Deus não marquei pontos...

4- Teve sua vida intima exposta. Vocês ainda estão contando ???

5- Desvalorizada pelo seu parceiro (a) no modo de vestir- Ufa dessa eu também escapei.

6-7-8-9...Acusada de roubo, de adultera, de incompetente ...

No final tudo isso parece banal, mas não é. Historicamente aprendemos que relacionamentos podem ser assim, mas isso é crime... Tudo o que citei até hoje sobre violência é crime, os números estão ai, não todos... Como falei antes muita coisa fica escondida “dentro de casa”.

Segue gráfico do que é denunciado, mas quase ninguém denuncia na primeira ofensa, xingamento, murro, estupro e agressão, então pra mim ele só aponta quem já se revoltou...

Fechando a conta gostaria muito que cada uma não tivesse pontuado em nenhum desse itens, e é pôr isso que lutamos para que as pessoas consigam entender que relacionamentos saudáveis são possíveis, existe sim.

E DEIXA EU FALAR UMA COISITA, NÃO VALE FAZER ESSAS PARADAS também não, a violência doméstica ocorre de ambos os lados feminino e masculino (cis e ou trans) e em qualquer modelo de relacionamento: hétero, homo, bi, aberto, monogâmico, assexuado...

Mas euzinha não estou aqui pra ensinar os homens e nem quero ouvir mais o que eles têm a dizer (tiveram milênios de protagonismo) estou aqui para te falar da gente, de como a gente vai se proteger, se empoderar e fazer tudo ser diferente para as próximas gerações.

Parafraseando Rita Von Hunt “Boa tarde a todas, a todes, ou todxs e o todos que lutem”

Nina